Como é possível ensinar processo penal depois da operação “lava jato”? 34

DIÁRIO DE CLASSE

Por Alexandre Morais da Rosa

Depois do acolhimento da delação premiada e da leniência precisamos repensar como ensinamos Processo Penal. Isto porque falamos em princípios do processo penal, em jurisdição, ação e processo. Podemos continuar, por exemplo, a falar que a ação penal é indisponível? Com a Transação Penal da Lei dos Juizados Especiais Criminais já se criou o “jeitinho” da disponibilidade regrada, embora Geraldo Prado tivesse demonstrado que não cabia na tradição do Direito Continental, da qual, em princípio, somos herdeiros. Depois disso veio a delação premiada e a leniência. Ocupam um lugar tolerado. Entretanto, atualmente, viraram manchete. Daí que não podemos mais fingir que possuímos um processo penal único. Hoje, se quisermos ser professores minimamente sérios, precisamos rever o que ensinamos. Delação não é exceção e, acolhida, muda o sentido do processo brasileiro.

Conforme apontam Allard e Garapon: “O Direito tornou-se num bem intercambiável. Transpõe as fronteiras como se fosse um produto de exportação. Passa de uma esfera nacional para outra, por vezes infiltrando-se sem visto de entrada.”[1] Neste contexto e articulando as repercussões desta constatação no campo do Processo Penal, bem assim da Criminologia, influenciadas ainda discurso da Law and Economics[2], baseado em Posner[3], pretende-se delinear que coexistem, a partir de critérios diferenciados, sistemas processuais inconciliáveis em território nacional.

Não podemos ser mais professores românticos e muito menos cínicos. Delação premiada homologada pelo STF, prisão para delação, na mais lídima aplicação do Dilema do Prisioneiro no Processo Penal[4], leniência extintiva de responsabilidade penal e negociação do objeto e pena da ação penal, no mínimo, transformaram os pilares daquilo que ensinamos como “ação penal”.

Coexistem, atualmente, duas frequências de Processo Penal, com incongruências marcantes, incapazes de formar um sistema coeso. São tantos institutos incompatíveis com a nossa antiga maneira de pensar que, atualmente, diante da profusão de fontes e tradições, encontramo-nos com sérias dificuldades de ministrar aos alunos um Direito que possa minimamente ser próximo das novidades. Buscamos propiciar coerência que, todavia, torna-se insustentável dada a perplexidade. Elencaremos, assim, algumas dificuldades:

a) a ação penal é mesmo indisponível depois da delação premiada ou podemos simplesmente dizer que é uma exceção?

b) O juiz pode produzir prova, tendo papel de protagonista, inclusive na negociação do acordo? Existe algum resto de imparcialidade? Quais as funções reais do juiz?

c) A oralidade e o cross-examination foi (mesmo) adotada pelo 212 do CPP diante do deslocamento (matreiro) da questão para ausência de prejuízo?

d) Como compatibilizar a chamada de corréu e a confissão depois da validade da delação premiada? Qual o lugar e estatuto das declarações do delator?

e) As normas de processo penal são mesmo irrenunciáveis ou podemos falar em direitos processuais como privilégios renunciáveis pelo acusado? Em que hipóteses?

f) Como fica a conexão probatória nas cisões arbitrárias entre acusados em face do foro privilegiado? Os acusados que foram cindidos podem se habilitar para formular perguntas aos do foro privilegiado? Podem ser arrolados como informantes os acusados cindidos?

g) qual o regime da interceptação telefônica diante da volatilidade dos prazos, regras e do Ministério Público poder executar o ato? Há garantia dos dados brutos? Quem fiscaliza as possíveis interceptações frias?

h) a prisão é processual ou não é mecanismo para aplicação do dilema do prisioneiro ao Processo Penal brasileiro? Qual o papel da mídia nos vazamentos taticamente fomentados?

i) qual o limite de negociação que o Ministério Público possui nos acordos de delação? Pode negociar a imputação, perdoar crimes, fixar teto de pena por todas as condutas? Pode fixar taxa de êxito na repatriação de recursos e lavar dinheiro sujo? (se o dinheiro repatriado não tinha origem, ao se dar a comissão ao delator, não se estaria lavando dinheiro sujo, via delação?) O Juiz pode não homologar o acordo de delação, a partir de quais critérios? E, caso rejeitada, as informações já prestadas serão desconsideradas? Como?

j) se os indiciados devem ter acesso ao que já está produzido contra eles, na linha da Súmula Vinculante 14 (“É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, já documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa”)? Qual o estatuto de sigilo da delação?

Pode-se adotar duas posturas. A primeira é passar por cima destas questões e simplesmente continuar a ensinar como sempre se ensinou. A segunda é reconhecer que não possuímos mais um Processo Penal, mas várias versões simultâneas de Processo Penal e que a compreensão a ser utilizada dependerá dos personagens envolvidos, como já defendemos no livro da Teoria dos Jogos aplicada ao Processo Penal.

O momento é de perplexidade acadêmica já que o modo de aplicar e ensinar o Processo Penal herdado da tradição continental se foi. Aos poucos, sem que tenhamos nos apercebido, ainda que alguns tenham escrito sobre o tema (Geraldo Prado, Rubens Casara, Elmir Dulcrec, Rômulo Moreira, Gustavo Badaro, Fauzi Hassan Choukr, Diogo Malan, João Gualberto Garcez, Jacinto Nelson de Miranda Coutinho, Aury Lopes Jr, Nereu Giacomolli, Lenio Streck, Salah Khaled, Flaviane Barros, dentre outros), continuamos fingindo que as coordenadas em que pensamos os institutos do Processo Penal são atuais.

Nesse contexto há uma manifesta tensão entre o Direito Continental e o Direito Anglo-Saxão. Os institutos próprios de cada um dos sistemas acabam sendo intercambiados sem a devida aproximação democrática, isto é, as novidades legislativas são implementadas em tradições filosóficas distintas, daí a perplexidade de muitas das alterações legislativas recentes. Não se trata de reconhecer que a tradição Continental é melhor ou pior, dado que esta discussão é inoperante. O que importa é que as tradições implicam em práticas e modos de pensar diferenciados.

Essa lógica do acontecimento e de diálogo entre tradições precisa ser questionada, já que continuamos a ensinar um Processo Penal que anda em descompasso com os novos institutos. Para os crimes de todos os dias (furto, tráfico, roubo, estupro etc.), de fato, temos o mesmo processo penal da “ação penal indisponível”, da Jurisdição como poder-dever, incapaz, todavia, de se conformar aos novos institutos, especialmente delação e leniência. Podemos, então, aceitar acriticamente a situação? Não deveríamos nos indagar se podemos ensinar parcialmente e não seria nosso dever ético mostrar aos acadêmicos que possuímos versões em frequências diferentes?

O tema nos angustia porque estamos em frequências antagônicas que convivem sem possibilidade de coerência. Fechar os olhos sempre foi a saída mais fácil e arbitrária. Mas chegamos a um ponto de virada, do qual não podemos mais fingir, nem fugir. Ou podemos? Agosto é novo semestre.


[1] ALLARD, Julie; GARAPON, Antoine. Os juízes na Mundialização: a nova revolução do Direito.  Trad. Rogério Alves. Lisboa: Instituto Piaget, 2006, p. 07.
[2] MORAIS DA ROSA, Alexandre; AROSO LINHARES, José Manuel. Diálogos com a Law & Economics. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2009.
[3] POS­NER, Richard A. Economic Analysis of Law. New York: Aspen, 2003; Overcoming Law. Cambridge: Harvard University Press, 1995, Law and Legal Theory in the UK and USA. New York: Oxford University Press, 1996; Law and Literature. Cambridge: Harvard University Press, 1998; The Little Book of Plagiarism. New York: Phatheon, 2007; Problemas de filo­so­fia do direi­to. Trad. Jefferson Luiz Camargo. São Paulo: Martins Fontes, 2007.
[4] MORAIS DA ROSA, Alexandre. A Teoria dos Jogos Aplicada ao Processo Penal. Lisboa: Rei dos Livros, 2015.

 é juiz em Santa Catarina, doutor em Direito pela UFPR e professor de Processo Penal na UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) e na Univali (Universidade do Vale do Itajaí).

Fonte: CONJUR

Um Comentário

  1. Ôpa! Esse juiz me parece “escolado”. Então, convém ficar esperto, porque, na condição de juiz de direito em pleno exercício de suas funções, não pode lecionar em mais de uma instituição. É o que diz a LOMAN (Lei Orgânica da Magistratura Nacional). E pelo menos é isso o que pensa(va) o TJ/MG, quando, ao tomar conhecimento de que eu, além do exercício da magistratura, lecionava em duas faculdades de direito, em horários plenamente compatíveis, instaurou contra mim (pasmem!) “processo administrativo disciplinar de DEMISSÃO” (isto logo em seguida a uma entrevista minha no programa do Jô Soares, onde afirmei – e citei nomes – que desembargadores literalmente cochilavam durante os julgamentos). Felizmente esse “processo de demissão”, em mandado de segurança por mim impetrado, foi fulminado pelo STJ, que o tachou de “abuso injustificado”.

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  2. 05/07/2015 17h54 – Atualizado em 05/07/2015 18h54
    Saviano cita Tim Lopes e diz que não há tráfico sem aliança com burguesia
    Italiano, que cancelou ida à Flip, gravou vídeo para o público do evento.
    Ele lembrou que lucros astronômicos da cocaína empoderam organizações.
    Do G1, em Paraty
    FACEBOOK
    Roberto Saviano fala sobre sua ausência na Flip 2015 (Foto: Divulgação/Flip)
    Roberto Saviano fala sobre sua ausência na Flip 2015 (Foto: Divulgação/Flip)
    Durante a mesa de encerramento da 13ª edição da Flip, o jornalista Roberto Saviano lamentou sua ausência no evento em um vídeo de pouco mais de 11 minutos, exibido para a plateia do evento. Ele fez uma homenagem ao jornalista brasileiro Tim Lopes, morto pelo tráfico carioca, e diz que as organizações criminosas só florescem com conivência da burguesia.
    A Festa Literária Internacional de Paraty encerrou sua 13ª edição neste domingo (5). O italiano cancelou sua participação dias antes do início da Flip, alegando questões de segurança. O jornalista é jurado de morte pela Máfia italiana pelas revelações do best-seller “Gomorra”. Ele vive sob escolta 24 horas por dia e é obrigado a trocar de endereço periodicamente. No vídeo, ele narra em uma parte como é ter essa vida que “te enoluquece”.
    Veja um trecho do vídeo exibido na Flip.

    FLIP 2015
    Cobertura da Festa Literária de Paraty
    programação
    fotos
    dicas de escritores a iniciantes
    último livro que emocionou você
    crianças imaginam seus livros
    todas as reportagens
    “Sinto muitíssimo por não estar no festival em Paraty. Realmente seria uma ocasião maravilhosa para nos encontrarmos, para discutirmos, para estarmos juntos. Infelizmente aconteceu aquilo que sempre acontece na minha vida, isto é, que as coisas mudam no último instante”, começou ele. Mais tarde ele falaria que tem a pretensão de ir à Flip em uma edição futura.
    Mais adiante o jornalista italiano disse que a burguesia favorece o fortalecimento dessas organizações criminosas:
    “Não pode existir a criação de um poder economico, criminoso, sem uma conivência e uma aliança com a burguesia saudável do país. É este o elo que deve ser descrito. A periferia napolitana bombeia dinheiro do centro da Itália. As favelas, o mundo criminoso brasileiro, bombeiam dinheiro da economia legal brasileira”.
    Os lucros da cocaína
    Saviano então cita dados impressionantes da lucratividade do negócio da cocaína: “Se alguém investir US$ 1.000 em uma ação, por exemplo, da Apple no auge do desenvolvimento, quando produziu por exemplo o mini iPad, depois de 1 ano ganhará US$ 1.400, US$ 1.600. Se investir US$ 1.000 em cocaína, depois de 1 ano ganhará US$ 180 mil. Então com esse valor imenso pode se justificar toda a violência que por exemplo vocês brasileiros conhecem bem e veem, como nós italianos vemos pelas ruas e nos confrontos”.
    E fez uma homenagem a jornalistas que morreram por investigar as ações do narcotráfico, como o brasileiro Tim Lopes. “[O livro ‘Zero zero zero’] é também uma homenagem a pessoas como Tim Lopes, pessoas como Christian Poveda e todos aqueles que tiveram a vida destruída por terem escrito contra as organziaçoes ou sobre as organizações.”
    O repórter da TV Globo morreu em 2002, executado pro traficantes da Vila Cruzeiro. Poveda era um documentatrista e fotógrafo de origem argelina morreu em 2009 morto por investigar as ações dos Maras, grupo criminoso de El Salvador.
    “Espero realmente que este livro possa ajudar o debate no Brasil. Eu quis usar os versos da poeta búlgara Blaga Dimitrova no início do meu livro dizendo: ‘Nenhum medo de que me pisoteiem / Pisoteada, a grama se torna um caminho’. Quando você escreve sobre essas coisas, você sabe que não vai receber nada em troca, a não ser difamação, até pressão.”
    Como é viver sob ameaça
    Saviano também falou sobre como é viver constantemente sob o risco de ser morto por uma vingança da Máfia.
    “Humanamente as coisas vão mal. Mesmo porque todos os aspectos em geral arriscados deste ofício [de jornalista] – o narcisismo, o egocentrismo, a vontade de fama – enfim todos esses aspectos são devorados pelo risco, pela batalha política, por tudo aquilo que de algum modo começa a ser a sua vida, a sua vida toda. Ou seja, você não é mais Roberto, um escritor ou um jornalista ou o que seja. Começa a ser só você contra eles. E as denúncias e as ameaças, o que se exige de você, em suma, como que te enlouquece, como se te colocasse continuamente, todos os dias, diante da escolha de voltar ao ataque ou fugir. É doloroso viver assim.”
    Por final, Saviano disse que espera estar na próxima Flip: “Espero que essa minha dificuldade não prejudique ir ao festival de vocês. Talvez no ano que vem, talvez daqui a dois anos, e peço que me prometam uma coisa que não resignarão às minhas difíceis, terríveis condições e que encontrarão uma maneira junto comigo de conseguir me levar ao Brasil, para um evento público. Por hora meu abraço a vocês, sonhando com o céu brasileiro e jantarmos juntos o quanto antes. Um abraço, tchau”.

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  3. Boa Noite!

    Senhoras e Senhores.

    Bem! Para aqueles que adoram endeusar facilidades, este caminho pode ser melhor, mas para aqueles que adoram uma boa investigacão, linha de raciocínio lógico, respeito e a liberdade, realmente complica.

    Quando se admite vias rápidas, delacões e certas colaboracões que ensejam dúvidas, a coisa realmente complica, pois certamente prejudicará a linha tênue que existe e os caminhos trilhados ofenderá valores.

    Se existe crimes, estes precisam ser apurados e apenados de acordo com a sua gravidade, mas se confeccionados fazendo uso de desvios jurídicos maquiavélicos, um dia todos passarão a ser réus, mesmo que efetivamente não sejam ou nunca pretenderam ser.

    Nem sempre os caminhos mais fáceis sejam de fato os melhores e mais justos.

    O ser humano é artista e também um bom camaleão.

    Espero que os envolvidos repensem este conceito para que no futuro não percamos mais alguma coisa, dando como um bom exemplo “a liberdade”…

    Não sejamos vítimas de nós mesmos.

    Caronte.

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  4. Caronte (05/07/2015 às 21:34)

    Caronte, desculpe mas discordo completamente.

    Não é uma via fácil. É fundamental instrumento de investigação que precisa ser acolhido e amplamente utilizado.

    A delação é uma troca. Informação verdadeira em troca de diminuição (ou até perdão) da pena, a leniência. Se a informação não se mostrar válida, também será inválida a diminuição da pena.

    A delação tem como beneficiado um criminoso (ou não seria premiada), portanto sempre exigirá as cautelas devidas na sua credibilidade, mas isso é uma das bases de qualquer trabalho policial.

    E réus inocentes que entraram pelas “vias obliquas” para proteger criminosos (BODES EXPIATÓRIOS) é o que não falta no Brasil. Inclusive policiais são vítimas desses esquemas. Isso não tem relação com a delação, mas com o caráter dos corruptos e a necessidade de manter os fluxos de dinheiro em todos os escalões de poder.

    A alternativa à delação que funciona seria uma coisa com uma manivela e dois fios. Uma instituição democrática não pode contar com isso para obter informação. E permanecer patinando com mais de 90% dos crimes sem solução também não é uma alternativa.

    Com todo respeito, porque sei que seus comentários são sempre sérios e proveitosos, mas neste caso eu discordo.

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  5. Com todo respeito ao juiz, mas eu discordo.

    Como vão ensinar nas faculdades, eu não sei. Sinceramente, essa é uma questão menor. Isso é um trabalho para filosofia do direito e pedagogia do direito.

    Nós não podemos deixar de procurar a cura do câncer apenas para não mudar os cursos de medicina ou o próprio exercício da medicina.

    Claro que tudo deve seguir as cautelas necessárias, ou o paciente pode morrer. Mas é preciso procurar pela cura.

    Se vai criar outras vias do processo penal, quem sou eu para ter opinião sobre o assunto, mas nos Estados Unidos funciona de verdade.

    E, o que não dá é aceitar tanta roubalheira do dinheiro público, tantos crimes de organizações criminosos como o PCC e esperar que as soluções aconteçam por mágica ou esperar os governos liberarem técnicas medievais para a obtenção das informações.

    Além disso, mesmo que as cenas de filmes mostrem perigosos bandidos saindo pela porta da frente graças às delações premiadas, na relação custo/benefício, a sociedade ganha. Solta um e prende vários. Enquanto a alternativa seria prender menos ou nem prender.

    Até na área comercial já existe delação premiada.

    “Os acordos de leniência, em âmbito concorrencial, surgiram nos EUA, em agosto de 1993, e passaram por várias alterações culminando no chamado Programa de Leniência Corporativa. No início, sofreram certa resistência que só foi superada após a descoberta de diversos cartéis em inúmeros setores da economia norte-americana.”

    http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=3963

    A delação premiada não é um sistema perfeito e realmente pode gerar casos de injustiça que são revoltantes, mas é melhor negociar com 1 e deixar os outros presos ou deixar todos soltos?

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  6. Dr. Abutre, nos policiais sabemos muito bem, extra autos, o que significa aos amigos tudo, aos desafetos o rigor da lei.

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  7. Bom dia!

    Senhoras e Senhores.

    Caro exescravão:

    Vivemos numa sociedade e como tal temos nossas obrigações e por assim dizer, deveríamos ter também nossos direitos garantidos.

    Os governantes são os que garantem a nossa liberdade, nossa segurança e os nossos direitos.

    Pois bem:

    Vivemos numa sociedade em que nossos direitos muitas vezes são negados ou postergados e, por uma questão acentuada de miserabilidade, vivemos num inferno político também.

    O que dizer numa situação de desespero onde o que parece florescer não é necessariamente o que esperamos?

    O que esperamos é uma sociedade justa onde os justos são realmente justos e os culpados sejam os verdadeiros culpados. Mas sabemos que na verdade é que esta balança deve estar descalibrada, pois não enseja credibilidade.

    Porque não enseja credibilidade?

    Bem!

    Hipoteticamente falando:

    Se você pensar que a maioria dos nossos legisladores não possuem um nível de escolaridade nem tampouco sejam exímios conhecedores dos problemas que nos afetam diariamente e que estes somente defendem bandeiras próprias, o que imaginar?

    Sinceramente opto pelo caminho mais difícil, pois neste se culpa e se penaliza os reais culpados e não dá guarida para picaretas que se locupletam das fortunas e dos eventuais desavisados que a ele se alia por meros brioches.

    Ouvimos falar de Judas, mas será que ele foi o verdadeiro? Ou será que ele foi apenas mais uma ferramenta da oportunidade e conveniência de alguns?

    Pensemos à respeito.

    Caronte.

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  8. Senhores

    Não debaterei teses de Direito, por não me achar capacitado para tal, mas como Investigador, creio eu que a Digna Autoridade Judiciária, não baseará a condenação apenas no conteúdo da delação premiada, mas sim, nela obter um norte para investigar, encontrar a materialidade.
    Aliás, há farto material apreendido, via “Mandados de Busca” e a possibilidade de se conseguir mais ainda.
    Na realidade, esta comoção toda sobre a medida adotada para a obtenção de provas afeta grandes possuidores, pois para o “Manoel da Padaria” o INFORMANTE é usado há anos pelos Policiais e ninguém jamais questionou.

    é o que penso

    C.A.

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  9. Caronte está corretíssimo. Aliás também devemos acrescentar nesse novo modelo de Processo Penal o princípio da seletividade, onde apenas as denúncias e delações contra quem interessar, a critério do juiz , do mp e da pf , são amplamente divulgadas. As doações de campanha para os protegidos, continuam encobertas, ou será que as empreiteiras não doaram grana aos demais. Se temos que passar o país a limpo, é preciso que toda comunidade política, que sempre se beneficiou dessas doações, seja investigada. doa a quem doer

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  10. exescravão concordo plenamente com as suas colocações acima, muito bem esplanada, é a realidade na atualidade.

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  11. Policial brasileiro falecido em prova de ciclismo, recebe tratamento de “Herói” de americanos.
    Por Val Campello – 5 de julho de 2015 8 21133

    O Policial Civil de Brasília Carlos Silva, 48 anos que participava dos Jogos World Police and Fires Games, que está sendo realizado nos EUA. Ele estava em um pelotão de ciclismo quando um ciclista caiu e os que vinham atrás bateram uns nos outros provocando a queda de muita gente. O Policial brasileiro bateu com a cabeça numa mureta e não resistiu aos ferimentos.

    Aguardando a saída do corpo do hospital houve um cerimonial e vários policiais locais compareceram, inclusive o Chefe de Polícia, e prestaram homenagens ao policial brasileiro falecido, dando tratamento de herói, mesmo sendo ele um estrangeiro. Disseram ser inacreditável existir uma Delegação representando o seu País sem o custeio das passagens e diárias.

    O Chefe de Polícia achou estranho a Presidente Dilma não ter comentado, durante sua visita aos Estados Unidos, que tinha uma Delegação de Policiais representando o seu País nos jogos. Os Americanos acharam um absurdo, também, que os policiais que estavam representando o Brasil nesses Jogos, o fez com recursos próprios.

    O translado do corpo vai ser bancado pela Polícia Americana.

    Fonte: Luzilãndia

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  12. Trazer traficante do estrangeiro pode, um representante honesto brasileiro o Itamarati não pode ??????

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  13. Morre delegada da Polícia Civil de SP que desafiou facção criminosa
    Estadão ConteúdoPor José Maria Tomazela | Estadão Conteúdo – 17 horas atrás
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    A delegada Maria Cássia Almeida Almagro, de 54 anos, conhecida por ter desafiado a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) após os ataques de 2012, foi encontrada morta nesta segunda-feira, 6, em sua casa, em Sorocaba. Até o início da noite, a causa da morte não tinha sido divulgada pela Polícia Civil.
    Em novembro de 2012, após uma onda de ataques a policiais por ordem da facção, ela colou um adesivo em seu carro com a frase: “Vem PCC to facinha pra você”. Na mesma colagem, em outra frase, justificava: “Se o secretário de Segurança não tá nem aí, eu me preocupo. Poupe pais, mães de família e o coitado do povo inocente”. Na ocasião, ela alegou ter tomado a atitude depois que o governador Geraldo Alckmin (PSDB) disse à imprensa não ter planos de trocar o comando da Segurança Pública no Estado, na época sob a chefia do secretário Antônio Ferreira Pinto. Maria Cássia chegou a ser investigada pela corregedoria da Polícia Civil pela suposta quebra de hierarquia.
    Em outro caso conhecido, ela mandou indiciar em inquérito um homem que invadiu o recinto dos macacos no zoológico municipal de Sorocaba e foi atacado e mordido por um macaco-aranha. A delegada estava à frente do Segundo Distrito Policial e da Delegacia de Defesa dos Animais. Delegados da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) foram à casa em que a colega residia, num condomínio de classe média alta, mas até o início da noite não havia sido informada oficialmente a causa da morte.
    Maria Cássia deixou um filho que mora no exterior

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  14. JACARÉ SEM DENTE (07/07/2015 às 14:34)

    Meus sinceros pêsames à família! Oro aos anjos que a levem em paz à nova jornada dela!

    Ainda bem que ela conseguiu mandar o filho morar no exterior. Espero que num bom país, um desses que tratam policiais como policiais.

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  15. exescravão, sinceramente essa delegada deveria ser uma carne de pescoço mesmo, peguei esse assunto no site do yahoo, colei aqui no flit, e somente vc demonstrou sentimento com a perda dessa profissional, mais ninguém sequer ao menos deixou alguma coisa demonstrando solidariedade aos seus familiares aos amigos, caramba, que mundo é esse!

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  16. JACARÉ SEM DENTE (08/07/2015 às 10:08)

    É estranho e triste. Ainda mais numa profissão em que a família pede apenas uma coisa: “volte pra casa vivo”.

    Parece que os jornalistas estão se preocupando mais com os policiais do que os próprios policiais.

    Morre delegada da Polícia Civil que desafiou o PCC
    http://sao-paulo.estadao.com.br/noticias/geral,morre-delegada-da-policia-civil-que-desafiou-o-pcc,1720362

    E, no final das contas, estamos todos aqui só de passagem

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  17. Deputado Silvio Costa, do PSC/PE faz forte discurso para denunciar que o PSDB nao tem credibilidade, nao tem programa e nao consegue chegar ao coração do povo.

    Lembra que esse TCU que vai julgar as “pedaladas” tem dois ministros citados na Lava Jato.

    Que o Alckmin já comeu o Aecim, que o Cerra quer o parlamentarismo, e o FHC tem inveja do Lula, porque o Lula fala com o povo e FHC com uma parta de elite imbecil de São Paulo, que odeia mineiro e nordestino.

    Vocês reclamam que a Dilma tem 39 ministérios.

    E o que é mais significativo: 39 ministérios da Dilma ou 27 secretarias do Akckmin em São Paulo e 27 do governador do PSB de Pernambuco ?

    Costa lembrou que o líder do DEM, Mendonça Filho, um dos mais agressivos contra Dilma, foi quem apresentou a emenda da reeleição do FHC.

    Que a reeleição passou porque muitos deputados federais de Pernambuco receberam rádios do FHC.

    E que o presidente do DEM, Agripino Maia, outro feroz oposicionista, apareceu no Fantástico recebendo propina de um milhão!

    E o Fernando Henrique demitiu o delegado Romeu Tuma, porque queria investigar a Privataria!

    Quando aparece corrupção em São Paulo … some!

    Com a Dilma, não!

    Ela apura tudo!

    Nunca tanta gente foi presa por corrupção !

    Que autoridade moral e política vocês tem, perguntou ele ?

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  18. Se por acaso, o colega tiver uma destas opções acima descritas, pesquise, procure saber quem incentivou, quem falicitou, quem autorizou….

    C.A.

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