Segurança pessoal é ficar de bem como o PCC: suspeito afirma que não participou de execução de PM porque não houve “salve do comando” (autorização da facção Primeiro Comando da Capital) 15

“Quando um agente é morto, todo o Estado é atingido”, diz comandante da PM

A frase é do comandante geral da Corregedoria da Polícia Militar em São Paulo, coronel Marcelino Fernandes da Silva

EDUARDO VELOZO FUCCIA – A TRIBUNA DE SANTOS 
09/11/2017 – 18:32 – Atualizado em 09/11/2017 – 18:44
Comandante concedeu entrevista coletiva
nesta quarta-feira (Foto: Alberto Marques/AT)

“Todo o Estado é atingido quando um agente da segurança pública é abatido por criminosos. Quando as instituições se unem, quem ganha é a população. O Estado precisava dar esta resposta rápida à sociedade. O Congresso Nacional tem que ficar atento e adotar postura mais rígida nas questões processuais penais”.

As frases são do comandante geral da Corregedoria da Polícia Militar em São Paulo, coronel Marcelino Fernandes da Silva. Com elas, o oficial se referiu à brutalidade que revestiu o assassinato do soldado  Willian Barboza Ribas, de 29 anos, ao trabalho conjunto das polícias Civil e Militar para esclarecer o crime em curto espaço de tempo e à necessidade de uma legislação mais eficaz para evitar a impunidade e a consequente reincidência.

De acordo com o coronel, integrantes da Corregedoria da PM e da DIG realizaram um trabalho de infiltração na comunidade onde ocorreu o crime até que surgissem as provas de autoria. O comandante acrescentou que as investigações também se estenderam ao monitoramento das redes sociais, sendo complementadas pelo reconhecimento pessoal dos acusados, depoimentos de testemunhas e até confissão dos envolvidos.

“Damos o caso com o completamente esclarecido, embora as investigações prossigam para localizar e prender os dois envolvidos ainda foragidos. As provas já produzidas serviram para o nosso pedido de prisão temporária, deferido pela Justiça, e embasarão posteriormente o requerimento da preventiva dos quatro adultos”,  emendou Lara. Segundo o delegado, os acusados responderão por dois homicídios, sendo um consumado, contra Ribas, e outro tentado,tendo como vítima o pai do policial militar. O assassinato do soldado foi qualificado pelo emprego de recurso que impossibilitou a sua defesa, porque ele dormia; em razão da qualidade de agente de segurança pública da vítima, e porque objetivou assegurar a impunidade de delito anterior (roubo da moto).

Dupla foi achada em hotel

Durante operação deflagrada pela DIG e Corregedoria da PM, após a expedição das ordens de captura dos acusados, Tio D e Torum foram presos na suíte de um hotel em São Vicente, onde se refugiavam.

Sob a cama havia uma pistola 6.35 municiada com duas balas, razão pela qual Torum foi autuado em flagrante pela posse ilegal de arma de fogo, porque ele admitiu ser o seu dono.

O provável armamento usado no homicídio foi um revólver. Porém, para que não paire qualquer dúvida nesse sentido, o delegado Lara determinou que a pistola seja periciada.

Segundo o chefe dos investigadores da DIG, Paulo Carvalhal, Carinha foi capturado na casa da namorada na Caieiras, bairro da periferia de Praia Grande. No imóvel havia duas porções pequenas de maconha, que o acusado alegou ser para o seu próprio consumo.

Morte sem ordem

Carinha negou participação no assassinato, mas incriminou os demais acusados. Ele disse que viu os outros envolvidos se articulando para eliminar o soldado, mas não quis participar do homicídio porque não houve “salve do comando” (autorização da facção Primeiro Comando da Capital).

Com passagem por porte de arma, Tio D também negou envolvimento no assassinato, mas incriminou Carinha e os demais acusados. Torum, por sua vez, confessou que ficou na frente da casa da vítima dando cobertura aos parceiros. Segundo ele, o foragido Peidinha era quem portava o revólver.

Torum registra antecedentes por tráfico de drogas e receptação. Ele é irmão de Rafael Torres Silva, de 22 anos, acusado de matar durante roubo um policial militar. O latrocínio ocorreu em 12 de janeiro de 2014, no Bairro Ocian, em Praia Grande. A vítima era de fora da região, mas atuava no policiamento da Baixada Santista na Operação Verão.


Aparentemente, ao menos sem autorização , não morre pelas mãos dos afiliados.

O perigo fica por conta dos aspirantes a uma vaga nos quadros da “instituição”… 

Um Comentário

  1. Antes morrer pela mãos do PCC pelo menos não seria esculachado, do que ser vítima da crueldade dos Ninjas da Baixada. Escapou de um, mais entrou na mira do outro. Vai entender a mente desses asno kkkkkkkkkkkk

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  2. O PCC é o preço pago para o governador ficar bem nos jornais.

    Para evitar a cobrança de jornalistas sobre policiais corruptos, o governador inventou a “Via Rápida” (demitir sem julgamento) e aí “vale tudo” para demitir alguém que desagrade, inclusive demissões injustas e desproporcionais.

    A solução de marketing político se tornou o principal instrumento para demitir quem atrapalha justamente quem atrapalha a corrupção ou deixa o governador mal na foto.

    Hoje a Polícia não entra mais em alguns lugares e fica fazendo estatística com “nóia” predominantemente.As operações típicas de uma Polícia Repressiva são tão raras que, quando acontecem, tornam-se manchetes de jornais.

    60 mil homicídios ao ano e a Administração continua demitindo policiais que estavam apenas tentando trabalhar de forma honesta.

    É preciso uma boa overdose de insanidade para arriscar a tomar tiro e ainda ser demitido por trabalhar.

    O PCC é um perigo absurdo à sociedade e aos policiais? O Estado de São Paulo é muito mais!

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  3. Nem a Rota entra em favela de SP, afirma diretora da polícia de Alckmin
    Violência em Paraisópolis

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    Rivaldo Gomes – 29.out.2012/Folhapress

    ROGÉRIO PAGNAN
    DE SÃO PAULO

    09/11/2017 17h24

    Diretora do Departamento de Homicídios da Polícia Civil de São Paulo, a delegada Elisabete Sato disse nesta quinta-feira (9) que o Estado vive um período “muito complicado” para a segurança pública e que até mesmo a Rota, a tropa de elite da PM, não tem conseguido entrar em favelas da capital paulista.

    Essa é a primeira vez que um integrante da cúpula da Segurança Pública do governo Geraldo Alckmin (PSDB) admite haver territórios controlados pelo crime, como ocorre no Rio de Janeiro. Alckmin é pré-candidato à Presidência da República.

    A delegada, uma das mais respeitadas da polícia e com 40 anos de carreira, falou sobre homicídios e latrocínios durante evento do MPD (Ministério Público Democrático) em São Paulo. Também participaram do encontro promotores, jornalistas e o comandante da Polícia Militar na região central da cidade.

    Aos presentes, Elisabete Sato disse que vivemos um “caos social” que provocou mudanças na população e, em especial, nas favelas paulistanas. Disse ainda que não será a polícia sozinha que conseguirá resolver um problema social dessa magnitude -que passa por todo o sistema da Justiça criminal, incluindo “legislações arcaicas”.

    “A realidade mudou. As favelas, as comunidades mudaram. Nas últimas semanas tivemos o duplo homicídio das meninas [de três anos] e para entrar lá naquela favela do Jardim Lapena [zona leste], entramos porque foi homicídio. É muito complicado. A gente precisa muito pensar nessas coisas”, disse ela, em referência ao estupro e assassinato de Beatriz Moreira dos Santos e Adrielly Mel Severo Porto.

    A delegada continuou. “Eu converso muito com nossos investigadores. E nossos investigadores me falaram na semana passada: ‘Diretora, está difícil entrar em Paraisópolis […] Nem a PM nem a Rota estão entrando lá'”, disse.

    PARAISÓPOLIS

    Paraisópolis é uma das maiores favelas de São Paulo e um dos principais redutos da facção criminosa PCC na capital. É de lá que Francisco Antônio Cesário da Silva, o Piauí, ordenou em 2012 a morte de PMs em São Paulo e que, no mesmo ano, levou a PM a ocupar a comunidade.

    Ainda de acordo com a delegada, além do crime organizado a ser enfrentando, há um problema da própria forma como a sociedade vê seus policiais. “A população odeia a sua polícia. Qualquer lugar que a gente vá, a polícia é hostilizada. O que está acontecendo?”, disse.

    Presente no mesmo evento e indagado sobre o assunto, o coronel da PM Francisco Alves Cangerana Neto negou haver áreas controladas por criminosos e repetiu a versão oficial sustentada pelo governo.”Posso afirmar aqui que a polícia entra em qualquer área em São Paulo, tranquilamente. Evidentemente que tem locais que precisa ter precaução com segurança”, afirmou ele. “É óbvio que tem local que tem o risco muito grande, por isso é preciso ter o ferramental adequado, as táticas adequadas para entrar. Mas afirmamos aqui que entramos em qualquer local em São Paulo.”

    As declarações levaram parte do público presente ao evento a questionar se há o risco de São Paulo “tornar-se “um Rio de Janeiro”, com uma série de áreas controladas por criminosos armados. “São Paulo não vai virar um Rio”, disse o coronel. “Já respondi essa pergunta 26 anos atrás. E volto a responder de novo: Não vai acontecer em São Paulo”, afirmou ele

    O presidente do Conseg (Conselho de Segurança) do Portal do Morumbi, Celso Cavallini, disse que Sato tem razão em suas afirmações. Disse que há determinados momentos e circunstâncias que os carros da polícia, tanto Civil quanto Militar, não entram na região. “Esses dias atiraram numa viatura da Rota que estava perseguindo uma moto roubada.”

    Cavallini disse ainda que alguns policiais evitam entrar na favela porque o risco de confronto é grande e os policiais são transferidos de batalhão quando há mortes em confronto.

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  4. RAPA, ONDE CHEGAMOS !, UMA DIRETORA DE UM DEPARTAMENTO VIR A PÚBLICO E FALAR O QUE ESSA SENHORA FALOU, É O FIM DA PICADA. É POR ESTE E OUTROS MOTIVOS, QUE EU SEMPRE DISSE E DIGO, SOU UM MILHÃO DE VEZES UMA EXCELÊNCIA LOIRA E SECRETÁRIA DE UM MUNICÍPIO AI DE SAMPA DO QUE ESSA DIRETORA. E, ME AJUDEM AÍ Ó !….

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  5. PESSOAL !, S.M.J, ESSA DIRETORA NÃO TEM ESSA “JANELA” TODA COMO DELEGADA. POIS A CONHECI POR MUITOS E MUITOS ANOS EM UMA OUTRA FUNÇÃO. E, ME AJUDEM AÍ Ó !…

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  6. Travoltinha.

    Nos idos de 1989/90, eu já conhecia a bequinha como delegada e sei que já era polícia antes disso.

    É antiga sim irmão.

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  7. FLIT PARALISANTE,

    Os Ninjas nunca deixaram de existir, apenas evita tanta exposição como antigamente, agora que centralizaram o 2°BAEP em Santos que o bicho vai pegar mesmo.

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  8. Esta Delegada Dr. Sato, foi tira, e portanto tem experiencia, suficiente para falar a verdade., ela ouve os seus policiais, eles que estão na batalha do dia a dia. Pior aqueles que fica em seus gabinetes, nada fazem, nada falam, nada ouvem, estes sim para alguns é o policial ideal. Antes de julgar qualquer profissional competente, não podemos reprova-lo pelo seu passado.

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  9. Quem matou sem ordem das torres vai ser cobrado. O acordo com o governo estabelece isso. E teve salve autorizando operação Paraisópolis, tanto que chefia e gerência pularam da quebrada bem antes da chegada da Rota/Choque.

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  10. se não estiver liberado não entre, conselho de um idoso, não entre sem ser autorizado
    É RIPA DAS GRANDES. SÃO PAULO É PEQUENO

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  11. Eu acredito que o “isso nao me pertence mais” está corretíssimo!!! Há mais de duas dezenas de lugares que ninguém entra, entraram hoje em Paraisópolis porque foram em muitos, quero ver viatura de área com dois mikes entrar em alguns lugares , principalmente em comunidades bem menores aqui da ZL. Nao entram eles nem nós, com dois na viatura nem a pau, risco grande e desnecessário.

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