São Paulo, abril de 2024.
Excelentíssimo Senhor TARCÍSIO GOMES DE FREITAS,
Digníssimo Governador do Estado de São Paulo.
Os subscritores desta carta, somos Delegados de Polícia aposentados, mas não inativos (na acepção física e mental do termo) com idade média entre 75 e 85 anos e que nos congregamos, sob a égide de nossa Associação de Classe, num grupo apolítico, autodenominado “Guerreiros” (incluindo quatro ex-Delegados Gerais), título que se identifica com nosso espírito de luta que ainda – e até o dia final – nos inspira.
Reunimo-nos mensalmente para tratar de assuntos que envolvam a classe e a Polícia Civil, criando e participando ativamente dos movimentos que a ambas interesse.
Temos acompanhado atentamente o excelente trabalho que Vossa Excelência desempenha à frente do Executivo Paulista, que envolve coragem, visão, determinação, carisma e espírito público.
No campo da Segurança Pública, Vossa Excelência, liderando e incentivando os órgãos policiais – civil e militar – tem pontificado na árdua batalha de combater o crime organizado que, há décadas, tanta intranquilidade e dano tem causado à aflita população de nosso Estado, protagonizando uma liderança que contagiou o ânimo e a disposição de todos os policiais, ora voltados a essa ingente e perigosa missão de restabelecer a ordem pública e o respeito ao ordenamento jurídico.
Bem por isso, clara e notória, tem sido a manifestação de aprovação e aplauso a Vossa Excelência, por parte da imensa maioria da população que testemunha, enfim, um Governador disposto a observar e cumprir o que manda a Constituição, no sentido de que a segurança pública é dever do Estado e direito da Cidadania.
Malgrado o acerto da conduta de Vossa Excelência, vozes advindas de setores retrógrados da sociedade – poucas, felizmente – insistem em tentar depreciar vosso trabalho, dando às fatais mortes de marginais que ocorrem, um sentido de força excessiva e desproporcional, olvidados de que o enfrentamento armado que aqueles opõem às autoridades policiais e aos seus agentes, são fruto de uma audácia e de um destemor inauditos, despropositados e intoleráveis, e que já causaram mortes de diversos policiais.
O trabalho que as forças de segurança, por imposição e dever funcional exercem, deve, na realidade e por justiça, ser rotulado como autêntica “legítima defesa de terceiros” (os cidadãos de bem), o que defere ao trabalho policial certo grau de nobreza, mesmo quando resulta de um “múnus público”.
Desse contexto, decorre que o policial, quando se depara com um marginal de arma em punho, em atitude de desafio e afronta, não pode e nem deve, como insinuam os falsos defensores dos “direitos humanos”, inclusive alguns setores da imprensa, aguardar que ele atire primeiro.
Isso é ilógico, desarrazoado, despropositado.
Afinal, quem se colocou voluntariamente nessa situação de risco, foi ele próprio.
Receba, pois caro Governador, de nossa parte, que até hoje, após longos anos de dedicação ao serviço policial, permanecemos firmes da trincheira da segurança e da paz social, nossa moção de agradecimento e apoio, na certeza de que melhores dias advirão em benefício da nossa angustiada e sofrida população.
Conte conosco.
Respeitosamente, assinamos todos nós, integrantes do Grupo Guerreiros:
Abrahão José Kfouri Filho
Orlando Miranda Ferreira
Alfredo Habis
Alphio Merlin
Ambrósio João Possari
André Santos Pereira
Antônio Carlos de Castro Machado
Antônio Carlos Gonzalez
Antônio de Pádua Pimenta Júnior
Antônio Fasoli
Antônio Rossi dos Santos
Arlete Inez Korsakas
Carlos Alberto Augusto
Carlos Antônio Guimarães de Sequeira
Choji Miyake
Edemur Ercílio Luchiari
Eli Schiavi
Eloni Haesbaert
Esdras Campos Colicigno
Francisco Alberto de Souza Campos
Francisco de Paula Leão
George Henry Millard
Gilberto Nascimento Silva
Guilherme Zéglio Netto
Gustavo Mesquita Galvão Bueno
Ivan Roberto Mendes Costa
João Antonio Pinto
João Evangelista Pereira
José Ailton Ribeiro
José Eduardo Ferreira Ielo
José Gregório Barreto
José Maria Coutinho Florenzano
José Oswaldo Pereira Vieira
Luciano Navas Rodrigues
Luiz Carlos Freitas Magno
Luiz Carlos Piazentin
Márcio Marques Ramalho
Marco Antônio Desgualdo
Marco Antônio Martins Ribeiro de Campos
Marcos Buarraj Mourão
Marinósio Martins Santos
Massilon José Bernardes Filho
Milton José Troiano
Milton Rodrigues Montemor
Orildo Nogueira
Osvaldo Naoki Miyazaki
Rafael Rabinovici
Reginaldo Antônio Borro
Roberto Bayerlein
Roberto Fernandes
Roberto João Julião
Roberto Maurício Genofre
Roney Antônio Rodrigues
Rubens Ribeiro da Silva Júnior
Ruyrillo Pedro de Magalhães
Segismundo Lahoz Júnior
Valdir Bianchi
Vlamir de Jesus Sandei
Waldomiro Bueno Filho